domingo, 7 de abril de 2019

Resenha 'Terra Molhada' de Thalita Coelho

"Mas não foi por acaso que amei seu sorriso. Nenhum acaso é forte assim. Prefiro chamar seu sorriso de destino."



Terra Molhada é um livro de poesia que faz a gente suspirar, seja de amor ou de dor, e até com algum humor, Thalita Coelho nos envolve numa jornada ao desconhecido familiar, que apenas uma mulher que ama mulheres poderia ter criado.


Em versos e prosas que se alternam com ilustrações inspiradas nessas mais de 100 páginas de poesias, somos embalados pelas força e vulnerabilidade traduzidas no papel por palavras sensíveis, muitas vezes também duras, que esse "quebra-cabeça" nos propõe.



Entre os altos e baixos desse eu lírico que se coloca de peito aberto ao leitor, somos provocados por essas peças, que vão formar mosaicos diferentes para cada um que se propor a montá-lo. Você pode sorrir de canto quando ler sobre "a curva mais bonita de uma mulher". Sentir arrepios ou estremecer com a direção de "lábios que ardem". Achar graça com a proposta de "dançar Chiquititas no meio da rua". Ser tomado pela melancolia de um coração que "recorda, até hoje / do peso que era ser rocha, / seca, sólida, só." As possibilidades são amplas, mas uma delas é certa: você será tocado profundamente.


"Terra Molhada" é um oásis com água fresca no meio de uma sociedade heteronormativa. Fonte de inspiração para todos os seres sensíveis, vital para as mulheres que amam mulheres.

"Minha maior luta
É amar a céu aberto"

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