quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Estudos sobre Anne Frank – Parte 1: Apresentação




Há dois anos comecei a ler o famoso Diário de Anne Frank  fazendo um estudo abrangente sobre vários aspectos que de forma direta ou indireta estão ligados a ele. Escrevi textos sobre minhas percepções e relatei minha experiência pessoal de como recebi a obra, como a abordei e o que isso reflete nos dias de hoje.

Muitas pessoas tem uma pré-concepção sobre o Diário e depois de lê-lo (ou nem conseguir terminar) acabam não encontrando ou não entendo o porquê dele ser tão lido, tão famoso e tão celebrado. Conversando com pessoas que se interessaram sobre o Holocausto, algumas me disseram que esperavam mais dos relatos de Anne, pois não estão ligados diretamente à guerra, por ter apenas o ponto de vista dela enquanto uma jovem enclausurada com sua família e estranhos para fugir da pior parte da guerra.

Há exatos 74 anos, em 1 de agosto de 1944, Annelies Marie Frank escreveu sua ultima entrada no diário, onde explicou da forma mais honesta possível como ela se via por fora e por dentro, como duas pessoas de personalidades opostas, “um feixe de contradições”. É nesse tom sincero e vulnerável que Anne se despede de seus leitores, sem saber que em 3 dias seus maiores medos começariam a se tornar realidade.

O registro de Anne é memorável por nos colocar no ponto de vista de uma adolescente que não estava apenas tentando entender sua própria vida, mas toda a essencia da humanidade. E ela precisava fazer essa reflexão que já é tão complexa para um adulto, pois não havia outra maneira de entender o que estava acontecendo. Era tudo tão logicamente absurdo, mas mesmo assim, aconteceu.

Por entender a importância grandiosa desse livro e seu impacto causado até nos dias de hoje, decidi publicar meus estudos abordando vários aspectos relacionados ao Diário, desde os primeiros avisos de um conflito iminente, passando por alguns fatos sobre os Frank, até a concepção do diário, sua publicação e outros fatos posteriores que tiveram relação com ele.

A forma de publicar esse estudo será bem diversa, farei resenhas e análises de outros livros acerca do tema, de sites oficiais como A Casa de Anne Frank, indicação e produção de vídeos, além de contar com a participação de outros leitores e interessados no tema para contribuir com o enriquecimento dessa obra. Acredito que essa é a melhor forma de propagar o legado de Anne Frank, conscientizando as futuras gerações sobre um passado que não deve se repetir jamais.

Vocês podem acompanhar todas as etapas desse estudo aqui no blog e também no meu perfil do Twitter.

OBS: Texto reescrito em 04/08/2018 para se adequar ao propósito desse estudo.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

A volta dos que não foram

Fazem mais de 2 anos desde a minha ultima publicação no blog. Muita coisa aconteceu desde então e por isso eu deixei a maioria dos meus projetos pessoais de lado, foi realmente uma necessidade.

Relendo meu ultimo texto aqui postado, sobre meu livro A Trilha, eu percebi bem o que mudou de lá pra cá. Não é minha intenção entrar nesse assunto agora, mas acredito que desde aquela época eu já me encaminhava para um outro projeto que estou trabalhando ultimamente. Eu não deixei o livro de lado, é algo que estou retomando também, mas de forma mais lenta e cuidadosa.

A Saga Linear é minha primeira série, mas espero não ser a ultima. O foco agora é nela e o trabalho no primeiro livro me ensinou muito. Já sinto a pressão, mesmo que pequena, que existe ao entregar uma continuação que atenda ou mesmo supere as expectativas dos leitores. Quando o livro é só seu, quando ele faz parte apenas do seu mundinho, você tem liberdade total. Uma vez que o lança para o mundo real, ele ganha vida própria e você deve seguir as bases já definidas.

Isso não significa que o segundo livro será previsível, pelo contrário. Significa que ele precisa ser coerente dentro daquilo que se propõe. Aliás todas as histórias deveriam ser assim. Estando aqui do outro lado agora, do criador, eu entendo como o nosso ponto de vista muda tudo.

Escrever nunca é fácil, mas não escrever nada é impossível.